Sexta-feira, 31 de Março de 2006
.......estes três conceitos de vida estão inevitavelmente entrelaçados porque fazem parte do percurso humano, ainda que tentemos alcançar o sol, a lua, as estrelas e a eternidade não poderemos nunca combater o que esta na nossa pele e tão intrinsecamente perfeito....
Mas a vida pode ser tão somente morrer, sobreviver ou existir...cabe a cada um de nos devorar a existência, absorver cada respirar para sobreviver e impedir a morte de espreitar antecipadamente.....
Se a vida tocar ao de leve nos meus sentidos faço-a olhar-me bem no meu âmago e obrigo-a a embrenhar-se dentro de mim para senti-la com toda a intensidade!!!
Se a existência chegar quero-a ilimitadamente e transformá-la-ei em viver....nunca ela por si só, é insuficiente para colmatar o meu desejo de sonhar....
Mas a sobrevivência vem de mansinho e grita...acordo e o meu corpo arrepia de tanto querer viver...a volta a ser vida!
A morte esta disfarçada e faz-se sentir...contudo identifico-a e sopro-lhe ao ouvido que ainda é cedo....quero sobreviver, existir e viver!!!!!!
Segunda-feira, 27 de Março de 2006
Ficares com uma recordação minha é admitires que um dia me poderás vir a esquecer
Sexta-feira, 24 de Março de 2006
Tão longa a espera, mas chegaste!
E ouço a tua voz por entre o vento que se faz sentir vindo do horizonte e quero toca-lo para te abraçar!
Vejo-o e com ele o mar, mas tu não estas!
Espero que uma onde me arraste ate ti e por breves instantes, e de mansinho ficar nos teus sonhos!
A ausência desperta tantos sentimentos e ela quer ser presença!
Tão fugazes os momentos, mas tão intensa a entrega a cada gota de suor que deslizou ao sabor da paixão...ate secar na despedida.
Despertas em mim a vontade de escrever e fazer as palavras tornarem-se reais e fluírem sem limite ate me perder!!!
Perder-me-ia contigo, uma, outra e outra vez....
Terça-feira, 21 de Março de 2006
Se o Mário Mata,
a Florbela Espanca,
o Jaime Gama
e o Jorge Palma,
o que é que a Rosa Lobato Faria?
E, já agora:
Talvez a Zita Seabra para o António Peres Metello...
Fui ordinário, mas enviaram-me hoje isto por e-mail.... Pois é era o Dia Internacional da Poesia...
Domingo, 19 de Março de 2006
"Não adianta nem tentar me esquecer
durante muito tempo em sua vida eu vou viver
Detalhes tão pequenos de nós dois
são coisas muito grandes pra esquecer
e a toda hora vão estar presentes
você vai ver"
Detalhes - Maria Bethania
Por mais que tente há pequenas coisas que eu nunca fui capaz de esquecer...
Foram beijos, abraços, palavras ditas e sentidas que sempre estiveram presentes nos nossos pensamentos.
Foram Momentos que eu não esqueci, não queria nem podia esquecer... Tentei, admito, mas não consegui...
E Hoje?
Estou aqui a viver estes momentos lindos....
Sexta-feira, 17 de Março de 2006
"Você tem meia hora Pra mudar a minha vida". (Excerto de "Vambora", por Adriana Calcanhoto)
Todos lembram de alguns momentos de relacionamentos passados que, mesmo aparentemente tolos, não nos passaram despercebidos. Há alguns anos uma namorada minha apanhou-me numa madrugada, de surpresa, observando-a dormir. Ela abriu um sorriso e disse: "Fica assim mais um pouquinho, a olhar-me desse jeito apaixonado, que quero guardar essa imagem nossa para quando o amor acabar." O amor (a paixão, na verdade) realmente acabou algum tempo depois junto com o relacionamento, mas a frase dela, fatalista, nunca me saiu da cabeça. Quando a ligamos ao conceito de almas-gêmeas, então, a perspectiva assusta. Será que estamos eternamente fadados a relacionamentos com prazo de validade, mesmo aqueles com pessoas que julgamos serem aquelas com quem gostaríamos de passar o resto de nossas vidas?
Eu acredito em almas-gêmeas. Minha crença é baseada na minha própria fé (que mistura-se um pouco à religião, mas não vem dela), à convicção interior e experiência própria. Nenhuma base científica confiável, portanto. Não acredito em almas gémeas como acredito no Pai Natal ou coelho da Páscoa. Não é aquela identificável pelo ponto luminoso sobre o ombro dos livros do Paulo Coelho, ou a revelada pelas regressões das obras do Brian Weiss. Também não é fatalista, como se acabasse a graça do mundo ao sermos rejeitados ou afastados de nossa outra parte, até porque acredito que exista mais de uma Alma-gêmea para cada um de nós. É uma crença próxima à percepção que temos ao admirar uma obra-de-arte de um pintor famoso e achar nela algo diferente todos os dias, à leitura de um poema que nos emocione, à certeza de que conseguiremos realizar aquela tarefa que a maioria não acredita. Ao milagre. Volúvel, pessoal, passível de questionamentos interiores e erros de julgamento.
Não há como dissociar a noção de eterno ao conceito de Alma-gêmea.
Aos primeiros sinais de desgaste ou quando a química atenua seus efeitos no corpo temos a desculpa do fatalismo, e que venham as paixões seguintes para restabelecer o descompasso do coração. O problema de esperar pelas almas-gêmeas é justamente esse, ansiamos apenas o lado perfeito delas. Um dia, após termos passado por toda série de desatinos e incompreensões amorosas, aparecerá aquela pessoa que identificaremos na hora, e nossa vida a partir daquele instante se transformará num carrossel de emoções e sentimentos retribuídos. Quem espera dessa maneira fica a vida toda sonhando com o navio que nunca vislumbrará, porque o passeio não acontece em águas calmas.
Almas-gêmeas revelam-se na cumplicidade do dia-a-dia, nas pequenas coisas, nos gestos inconscientes, na presunção dos desejos do outro, no prazer duma conversa agradável e bem-humorada, na arte de fazer-nos rir dos próprios erros; testemunhando a rotina e tornando-a menos enfadonha, mais leve e feliz. A que não precisamos envergonhar-nos de pedir ajuda. Desnudam-se ainda mais em mares revoltos, como aquela tábua de salvação mesmo quando não queremos uma mão a nos puxar de volta para o mundo de fora, o dos relacionamentos possíveis. Revelam-se depois do fulgor da paixão, com os anos, no enraizamento dos destinos, de tal forma que não façam mais sentido separados, como antes.
Não há truques, fórmulas mágicas, bulas, manuais ou um sentido extra que nos dê a certeza de termos encontrado nossa Alma-gêmea. Há apenas aquele palpite interior, e isso basta.
Se mais tarde a ciência, a história, a religião ou alguém provar que almas-gêmeas não existem, não fará diferença alguma. Teremos criado uma ao longo da convivência com a pessoa ao nosso lado, e envelhecer ao lado de alguém assim dá sentido a tudo: à ciência, à história, à religião, à nossa própria vida.
Quarta-feira, 15 de Março de 2006
Já ouviram falar de neo-monogamia? O termo é novo e surgiu recentemente publicado na New York Magazine num artigo sobre os casamentos actuais que tendem a ser cada vez mais abertos.
Neste neologismo prevalece a ideia de que as ditas facadinhas no matrimónio deixam de fazer sentido.
O casal estabelece determinadas condições de liberdade sexual, que podem ir do simples beijo às orgias mais desgarradas. E levando a sério este acordo deixa de haver necessidade de enganar...
A ideia é, de facto, muito moderna... especialmente para quem pensa que, uma vez casados, homem e mulher devem manter-se fiéis para sempre.
Mas se o casal concordar que deve haver um pouco de liberdade para ambos? A comunicação não será mais saudável e livre de traições e de enganos?
Gostava de ver as vossas opiniões em relação a isto!!!
Eu já tenho a minha, imaginem qual será!!!!
Segunda-feira, 13 de Março de 2006
É tão bom estar apaixonado, é tão bom perder o sono e a fome por causa de alguém especial, é tão bom sonhar e fazer planos, é tão bom ceder e preocupar-se em agradar alguém. Penso que para mim é inevitável, não dá para evitar esses sentimentos e sensações deliciosas. Não dá para evitar mesmo tendo sofrido, porque se não sofro de uma maneira, sofro de outra. Penso que é maravilhoso sentir aquele formigueiro dentro da minha barriga. Eu quero alguém para beijar e abraçar numa noite divertida, alguém para mimar, para ajudar, para compartilhar segredos ao telefone durante a madrugada, alguém com quem eu possa dividir os meus amigos, alguém para sentir falta, em quem eu possa confiar sem receio de me magoar, ainda sabendo que todo mundo magoa de vez em quando, inclusive eu. Não é um conto de fadas, mas é a minha história. E que se F*** a minha necessidade de segurança e estabilidade. Elas são umas poças perto desse mar que passa dentro de mim... Umas pocinhas bem pequenininhas. Penso nas minhas feridas... Elas doem. Mas só a mão de alguém carinhoso e disposto ao amor pode curá-las. Ainda que seja para criar uma outra ferida depois... Pelo menos será uma ferida nova.
Sexta-feira, 10 de Março de 2006
Adorei o teu acordar, andava com saudades de te ver acordar
Quatro anos é mesmo muita coisa, mas esse teu jeito doce de começar o dia ainda continua contigo
Tinha saudades desse acordar contigo a meu lado
Acho que a idade amargurou-te, tornou-te fria, calculista
Mas tu continuas a ser tu
.
Por vezes dou comigo a pensar, porquê é que o destino nos juntou, depois separou, e agora voltou a juntar-nos?
Não sei
.talvez
.
É mesmo isso talvez
.
Quarta-feira, 8 de Março de 2006
"Apesar de todos os dias ser o dia da mulher, continua a fazer sentido este dia num mundo machista, onde ainda existem discriminações em diversas áreas...
No nosso país, em termos de trabalho, em termos de chefia...ainda se vive num país que o facto de se poder ter filhos ainda incomoda, e o facto de se ser mulher e melhor, incomoda muito mais...
Infelizmente, há países piores..."
Palavras ditas por uma amiga que com o decorrer do tempo se está a tornar numa grande amiga...Um Beijo Grande para ti