Segunda-feira, 26 de Junho de 2006
Para cinco minutos...
Liga as colunas no maximo, deixa-te levar pela musica...
Imagina...
Esta musica persegue-me desde 6.ª Feira a noite...
Imaginem vocês...
Quarta-feira, 21 de Junho de 2006
Tempos houve em que julguei viver do ar da esterilidade aparente do ar pesado que respiramos.
Sonhei viver só e bastar-me, vendo na auto-suficiência emocional um nirvana arduamente alcançado.
Uma espécie de onanismo sentimental que me afastava de tudo e todos como se para viver bastasse ter nos pulmões o oxigénio vital.
Olvidei todo um eu que permanecia acabrunhado na escuridão das memórias e assim continuei, definhando.
No conforto da solidão me escondia, só o som do teu eu desconhecido me compreendia e acalmava.
Na desarmonia melancólica das grandes baladas me encontrava.
Aspirava à eternidade de um tu e eu que o meu coração conhecia e a razão anseava temerosa.
Na insanidade dos dias infinitos e escrevia, questionando-me que gene me obrigaria a esta cobardia das palavras e quem delas me salvaria.
Quem esperaria por mim? Que regaço me acolheria, conhecendo-me? perguntava-me.
Revejo-te na solidão dos momentos e encontro-me no calor e conforto de um qualquer sofá, descrito na embriaguez dos grafemas.
Imagino a música a atmosfera e duas almas gémeas
Esperarás por mim na solidão do Tempo?
(Musica Pedro Abrunhosa "Tudo o que eu te dou")
Quarta-feira, 14 de Junho de 2006
Todas as histórias banais têm algo de extraordinário que não conseguiria descrever por mais que com força fechasse os olhos.
E acredita que fecho. Fecho-os por vezes com tanta força que julgo ver para além das pálpebras tudo aquilo que não quero ver. E eu sei que é muito. É demais para quem como eu nunca conseguiu lidar com o luto.
Contrasto os poucos momentos de verdadeira felicidade com outros em que tudo parece tão negro que o meu anseio é que a noite caia depressa dentro de mim.
Sonho-me viajante no espaço sideral, apenas com as estrelas por companhia tão longe que não me vêm chorar. Há algo de reconfortante em sentir e não ser visto.
Duvido que seja feliz e questiono-me se alguma vez o fui. Durante muito tempo vivi fechado em mim. Nos outros via um sentir para mim inusitado. Tudo era tão estranho. Os sorrisos que se transformavam à minha vistam em esgares e os amores fingidos por interesse.
Fui espectador de uma película de série bd; de um filme de baixo orçamento e argumento pobre. Senti-lhe lacunas na superficialidade emocional e eu sozinho sem saber como rir ou como se faz para chorar.
Caminhava contando para trás numa anestesia que não passava.
Nunca segui um caminho, segui caminhando como quem desiste da vida, de olhos no chão e alma suja...
Musica:
Pink Floyd - Dark side of the moon, sinto mesmo o lado escuro da lua...
Segunda-feira, 12 de Junho de 2006
Rodeado de mar, qualquer direcção e longínqua, e parece interminável a distancia que nos separa.
Respiro e sinto odores jamais experimentados, mas que se transformam em desejo de toca-los e senti-los!
Levá-los-ei para partilhar "se" nos tocarmos de novo.
"Se" porque a imprevisibilidade existe, e quando te reencontrar pode a magia ter-se quebrado e então guardá-los-ei no mais intimo de mim para nunca os perder!
Absorvo a vida com tanta sofreguidão e doçura que chega a doer, porque há tesouros em cada poro da minha pele, e muito dele ficara por descobrir inevitavelmente!
Partilhar estes desabafos permite-me saber que estas aí!
Quarta-feira, 7 de Junho de 2006
Esperei-te no fim de um dia cansado
À mesa do café de sempre
O fumo, o calor e o mesmo quadro
Na parede ja azul poente
Alguém me sorri do balcao corrido
Alguém que me faz sentir
Que ha lugares que sao pequenos abrigos
Para onde podemos sempre fugir
Da tarde tao fria ha gente que chega
E toma um café apressado
E ha os que entram com o olhar perdido
À procura do futuro no avesso do passado
O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que nao deixam partir nem deixam chegar
....
Sabe bem voltar-te a ver
Sabe bem quando estas ao meu lado
Quando o tempo me esvazia
Sabe bem o teu abraco fechado
E tudo o que me das quando és
Guarida junto à tempestade
Os rumos para caminhar
No lado quente da saudade
Mafalda Veiga Fim do Dia
(Musica Moby Love Should, uma forma de agradecer a uma amiga "blogueira" pelas longas "moitas" que temos tido, Obrigado, tu sabes...)
Sábado, 3 de Junho de 2006
"Tudo é amor
Com o amor vem a compreensão. Com a compreensão vem a paciência. E então o tempo pára. E tudo é agora..."
"O amor é a resposta final. O amor não é uma abstracção, mas uma energia real, ou um espectro de energias, que podes "criar" e manter no teu ser. Basta que te abras ao amor. Estarás a começar a tocar Deus dentro de ti mesmo. Sente-te cheio de amor. Expressa o teu amor."
"Quando dás amor, sem medo, podes perdoar. Podes perdoar os outros e podes perdoar a ti mesmo. Começas a ver na perspectiva correcta. Culpa e raiva são reflexos do mesmo medo. A culpa é uma raiva subtil dirigida para dentro. O perdão dissipa a culpa e a raiva. São emoções desnecessárias que provocam sofrimento. Perdoa. Perdoar é um acto de amor."
" O amor é como um fluido. Preenche as fendas. Enche os espaços vazios ao seu próprio ritmo. Somos nós, são as pessoas que o impedem construindo falsas barreiras. E quando o amor não pode encher os nossos corações e as nossas mentes, quando estamos desligados das nossas almas, que são amor, então, todos nos tornamos loucos."
"Não existem coincidências no amor."
"Quando lhe permitem fluir livremente, o amor ultrapassa todos os obstáculos."
"O amor dissipa o medo"
O amor é sempre possível, mas nós colocamos factores de variadas ordens para justificar a nossa cobardia em nos entregarmos a ele de corpo e alma... Seja pela religião, idade, aparência física, estado psicológico, distância, raça, estrato social... Tudo parecem ser para nós motivos plausíveis para travar um amor que, muitas vezes, poderia ser a nossa salvação...
(Moby - Love Should)
Sexta-feira, 2 de Junho de 2006
Acordei assim, apetecia-me ter-te a meu lado recordar o sabor desses beijos, sentir-te ao pé de mim, sentir o calor do teu corpo.
Apetecia-me...
Apetecia-me sentir o teu cheiro, sentir o teu respirar...
Não queria nada, queria apenas observar-te, ver a tua beleza...
Não tenho nada teu que te possa recordar, o que tenho encontra-se no pensamento, aliás como eu te disse um dia Conservar algo que te possa recordar seria admitir que te poderia vir a esquecer
Apetecia-me trazer-te o pequeno-almoço a cama como te fiz inúmeras vezes, e ver-te a dares o primeiro sorriso do dia...
Apetecia-me recordar-te...
Acordei e fui vaguear pelas ruas onde tinha probabilidade de te encontrar...adorava ver-te, afinal já passaram uns anos, estive no café onde costumavas ir na expectativa de te encontrar...Tentativa falhada...
Fui ao ultimo local em que te vi, pensando que ainda trabalhasses por perto...Mais uma tentativa falhada...
Peço-te que se um dia se tu sentires o que eu senti hoje, Procura-me...
(Escrito a ouvir: Suzanne Vega; Pink; Lou Reed; Mafalda Veiga, musicas que me fazem lembrar fins de tarde e amanhecer...)
Fora de Post:
Hoje consegui voltar a ouvir Pink Just Like a Pill a tua musica...será que.....
Quinta-feira, 1 de Junho de 2006
Nós crianças somos sempre...os brinquedos é que mudam....